
Motivação. Eis um tema que atrai público a palestras no mundo todo.
Todos querem saber como mobilizar alguém ou a si mesmo na direção de objetivos.
Como manter-se mais focado? Qual a melhor forma de estimular funcionários a aderir às metas da empresa? Como fazer valer as promessas de transformação pessoal?
E essas perguntas não esgotam a curiosidade humana em torno de seus motivos.
O interesse é natural. Somos criaturas pulsantes de desejos e com fome de realizá-los. Queremos saber que alavancas movem a vontade na direção e intensidade que desejamos.
Mas, se a motivação é aspecto tão central na realização humana e há tanto interesse à sua volta, por que ainda não há fórmulas definitivas para lidar com ela?
De fato, muitas respostas já foram obtidas. Os compêndios de Psicologia trazem o assunto e inumeráveis gurus se propõem a desvendar o ‘abre-te sésamo‘ da ação focada e frutífera.
Mas, sendo a motivação um processo subjetivo, ainda há véus escondendo os mecanismos que fazem a vontade se mover com foco, intensidade e persistência na direção de algo.
E é devido a tal complexidade que em matéria de motivação nada está definido, de uma vez por todas.
O esforço de psicólogos e demais estudiosos da condição humana acendem luzes para desvendar os segredos em torno de como ativar o fogo escondido na alma de cada um. Entretanto, a cada luz que se acende se abrem novos espaços a iluminar.
Mas não nos desesperemos. Se desvendar os caminhos da motivação é desafiador, ao mesmo tempo, constitui um presente. Nossa condição de seres subjetivos é que nos permite desenvolver uma identidade rica de nuances e idiossincrasias.
Daí o papel essencial da motivação para definir singularidades. Não há nada mais pessoal do que a motivação, mas ela não é um vetor constante e definido em cada pessoa.
Nossa motivação tem uma base mínima duradoura que nos mantém ativos, mas esse processo sofre constante influência dos mundos externo e interno. Tudo o que acontece, no nosso interior e à volta, vai modificando a intensidade e a direção dessa chama.
A teoria motivacional de Abraham Maslow dá grande peso à motivação como aspecto diferencial da personalidade. Ele inclui na sua visão, o conceito de autorrealização como impulso básico para sermos tudo o que pudermos ser.
E realmente, podemos dizer que dado o seu poder gerador da vontade, o desejo de autorrealização que queima em todos é a semente da motivação.
É como um fogo interno que nos faz únicos e ávidos por expressar nossa personalidade como algo de valor ímpar, digno de admiração e prestígio.
Não importa a área escolhida para investir e direcionar energias. Há um ardor em cada pessoa que precisa se materializar. Cada um de nós deseja ardentemente subir no pódio humano da singularidade.
E não há fórmulas. Para elevar-se ao próprio pódio, cada um desenha seu treino e forja o preparo. Afirmar-se como indivíduo único e potente é elevar-se de si próprio, é alcançar um pódio. Único. Intransferível.
As Olimpíadas ilustram bem o desejo de pódio que lateja na subjetividade humana. Não é por acaso que há uma tocha olímpica.
O fogo olímpico revive o mito de Prometeu. Ele roubou o fogo de Zeus para que os mortais pudessem gozar das qualidades divinas. Os jogos olímpicos encerram essa mensagem: os homens comuns podem ter atos ‘divinos’.
Do ponto de vista da subjetividade, cada um é universo único com um Olimpo no horizonte e um ardente desejo de afirmar-se como identidade única.
O pódio de cada um
Querida Lidu, numa era em que muitos dos seres esqueceram o que são em essência e que, portanto, deixaram de respeitar, compreender e aceitar a singularidade do Ser, suas palavras parecem-me messiânicas, no sentido de que despertam uma motivação oculta em direção a viagem interior, que urge empreendermos… Eu a agradeço, imensamente, porque sinto que seu texto ajudará muitas pessoas a descobrirem qual dança querem dançar. Sua generosidade já as ensina alguns passos! Amo-te, Bruno.
Bruno, Você é de uma grandeza quase angelical, um amigo mui precioso que preservo como um tesouro no coração. Obrigada por ler meus escritos
Lidu, obrigada pelo belo ensaio.
È, a motivação é uma chama que nos salva, Você tão bem falou dessa “luz”, suas palavras encontram locais em minha alma, lugares onde essa luz é o único caminho para ali chegar..
Um beijo, querida e especialíssima irmã.
Deus continue nessa bênção a teu talento, a tua força e a tua motivação.
No pódio é sempre o ouro que te recebe. Um beijo!
Jovina
Jovina, obrigada pelo comentário tão generoso e motivador. Beijo.
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Que blog maravilhoso…..me encantando cada vez mais a cada post lido!