
A leitura é base da formação cognitiva, do enriquecimento cultural e do aprimoramento profissional.
O hábito de ler também está associado à ampliação da consciência individual quanto à nossa função político-social e ao crescimento espiritual, sendo visto como fator inalienável quando o objetivo é a promoção dos níveis de qualidade de vida
Confrontadas com tal realidade, as pessoas sentem-se cada vez mais convocadas a rever hábitos a fim de criar cenário pessoal favorável à prática da boa leitura.
Quando a decisão é arregaçar as mangas, digo, os olhos, e abraçar a vontade de transformar-se em leitor assíduo, algumas observações são básicas e poderiam compor qualquer cartilha de estímulo à formação do leitor.
Arrisco-me a elencar algumas dessas medidas.
Inicialmente, analise seus interesses. Procure textos e livros que o aproximem de assuntos afins e correlatos. O interesse exerce força de atração que nos ajuda a perseverar na leitura. Com o tempo, vá diversificando autores, temas e estilos. Há leitores que leem muito do mesmo, o que pode levar à monotonia e desistência.
Na leitura de ficção, opte por obras com valor literário; às vezes, mesmo quando a história é interessante, o texto está expresso de forma pobre. Nesse caso, o ato de ler diverte, mas não contribui para o enriquecimento da linguagem. De vez em quando, não é proibido ler obras pela simples busca de evasão e diversão, mas se puder aliar diversão e qualidade cultural, você só tem a ganhar.
Inclua no orçamento, algum valor que permita a compra de um livro, pelo menos a cada três meses. Isso, inclusive, pode ajudar na dieta.
Alguns livros clássicos, lançados por edições de bolso ou populares, muitas vezes, custam menos do que alguns sanduíches do tipo fast-food. Você se enriquece culturalmente, aumenta o repertório de ideias, torna-se uma companhia mais estimulante e alimenta o próprio espírito.
Livre-se dos preconceitos. Aproveite todas as oportunidades para ler. Adote uma atitude experimental e tente ler livros que estejam abandonados na estante. Aquele livro velho ou de capa pouco atraente pode reservar ótimas surpresas.
Se você tem dificuldades de manter a atenção, leia livros com capítulos curtos. Quando surgir a vontade de abandoná-lo, imponha-se a missão de só parar, quando finalizar o capítulo e marque o dia do novo ‘encontro’. Essa estratégia vai impedir que você largue a leitura. Cada livro que a gente abandona enfraquece o desejo de iniciar e finalizar outro.
Fuja da pressa. No início, leia pausadamente, pronunciando mentalmente as palavras, isso facilita a compreensão e estimula a continuidade da leitura. Com o tempo você vai desenvolvendo técnicas que dão velocidade à leitura sem perda de qualidade.
Veja televisão, mas não ocupe todo o seu tempo. Groucho Marx, o brilhante comediante e ator americano, costumava dizer: “Acho a televisão muito educativa. Toda vez que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e abro um livro.”.
A televisão tem realmente grande apelo plástico e disponibiliza muita informação, contudo, não nos dá tempo para reflexão. Somos bombardeados por informações que acabam sendo eliminadas pelos centros de cognição sem muita utilidade para o exercício da capacidade crítica-reflexiva que a leitura, por exemplo, proporciona, de forma significativa.
A poetisa Emily Dickinson dizia que “Não há melhor fragata do que um livro, para nos levar a terras distantes.”
Embarcando nessa inspiração, interrompo, aqui, essa conversa e convido-lhe a ir à estante, pegar um livro, folheá-lo e quem sabe iniciar a viagem ao mundo encantado que só os leitores conseguem visitar.

Bem, então deixa eu correr para a outra guia e voltar a folhear e ler meu e-book rsrs